seminário tucumã é um evento que busca ampliar os debates sobre arte, memória e território na Amazônia. Com uma programação diversificada, o seminário visa incentivar a formação e a troca entre criadores locais e nacionais. No evento, artistas, curadores, produtores e estudantes se reúnem para discutir os desafios e as potencialidades da arte contemporânea na região amazônica.
O seminário tucumã, parte da programação do Amazonas Artes Visuais 2025, teve início com um dia marcado por debates e oficinas que permitiram a todos os participantes uma reflexão profunda sobre as questões contemporâneas que permeiam a arte na Amazônia. Esse encontro aconteceu no Palácio da Justiça, em Manaus, e se estendeu com atividades gratuitas que ocorrem durante dois dias.
Sob a curadoria de Cristóvão Coutinho e realizado pelo Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, o seminário tucumã tem como objetivo fundamental o fortalecimento das conexões entre diferentes gerações de artistas e diversas tendências das artes visuais no estado. Este tipo de troca é essencial para o enriquecimento da cena artística local, abrindo espaços para diálogos que incluem tanto os nomes reconhecidos na arte quanto as novas vozes que surgem na contemporaneidade.
A programação do primeiro dia destacou a performance “Jenipapo Atemporal: A Voz Pintada na História”, realizada por Felipe Fernandes Sateré. Nela, o artista explorou as relações entre memória, política e ancestralidade indígena, buscando estabelecer um diálogo com as produções artísticas que refletem sobre a história e as demandas atuais dos povos indígenas. Sateré ressaltou a relevância de conectar passado e futuro na sua performance, enfatizando o papel transformador que as ações artísticas têm na construção da memória coletiva e na luta por direitos.
O seminário tucumã também abordou temas como diversidade estética, identidades e gerações nas artes visuais, com Otoni Mesquita, outro curador presente, chamando a atenção para a necessidade de um olhar ampliado sobre diferentes linguagens artísticas. Ele destacou que o seminário não deve se restringir a uma única tendência, mas sim valorizar a pluralidade de expressões que caracterizam a arte amazonense.
Durante o evento, foram oferecidas diversas oficinas e apresentações artísticas na Galeria do Largo, que celebrará 20 anos em 2025. As atividades incluíram discussões sobre técnicas contemporâneas, processos criativos, bem como reflexões sobre memória, território e a economia criativa da região. Tudo isso foi pensado para fortalecer a cena artística local e promover capacitação técnica aos participantes.
O seminário tucumã faz parte da iniciativa Sobre.Viver em Arte na Amazônia, uma plataforma que promove diálogos sobre arte, ancestralidade e criação contemporânea na Amazônia. Com acesso gratuito, o evento se solidifica como um espaço importante para a difusão do conhecimento, o aprendizado e o fortalecimento de conexões entre diferentes olhares sobre a produção artística da região. O impacto do seminário vai além de um mero encontro, almejando construir uma rede que ajude a revitalizar e reimaginar a arte feito no coração da maior floresta tropical do mundo.
Em resumo, o seminário tucumã representa uma oportunidade ímpar para que artistas de diversos contextos se reúnam e compartilhem suas vivências, tradições e inovações, contribuindo para o fortalecimento e a visibilidade da arte contemporânea amazônica em um cenário tão complexo e rico como a Amazônia.
