Polícia Civil prende professor por estupro de vulnerável e outros crimes contra oito alunas, em Juruá

As vítimas emprestavam a borracha uma das outras como código de socorro, para sinalizar que estavam sofrendo algum abuso por parte dele

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 70ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Juruá (a 674 quilômetros de Manaus), cumpriu, na segunda-feira (16/12), mandado de prisão preventiva de um professor, 37, por estupro de vulnerável, importunação sexual e aliciamento contra cerca de oito alunas, de idades entre 10 e 11 anos. A prisão ocorreu no bairro Nova Esperança, no município.

Essa prisão soma-se às mais de 140 prisões que a Polícia Civil registrou no interior, até o momento, por crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Conforme o delegado Bruno Rafael Nunes, da 70ª DIP, as investigações iniciaram a partir da denúncia do Conselho Tutelar de Juruá, após a diretoria da escola municipal onde o autor lecionava comunicá-los sobre os abusos praticados contra as vítimas.

“As crianças foram as responsáveis por relatarem à diretoria sobre o crime. Quando o caso nos foi comunicado, de imediato, iniciamos as escutas especializadas das vítimas, e de forma espontânea, elas contaram todos os atos cometidos pelo professor”, disse o delegado.

De acordo com o delegado, as alunas criaram um mecanismo de defesa para pedir socorro umas às outras sempre que se sentiam ameaçadas por ele.

“Elas relataram que o medo era tão grande que, como código de socorro, elas pediam borrachas emprestadas como sinal de que estavam prestes a sofrer algum abuso e para fugir do professor. Com os elementos de informações e provas, foi representada pela prisão preventiva do infrator, e a ordem judicial foi cumprida no bairro Nova Esperança, em Juruá”, finalizou.

Segundo o delegado, até o momento, oito vítimas foram ouvidas, porém, a autoridade policial acredita que o número possa aumentar na medida que o caso for divulgado.

Procedimentos

O professor responderá por estupro de vulnerável, importunação sexual e aliciamento e já se encontra à disposição do Poder Judiciário.