Peixe fresco é uma das principais demandas do mercado de alimentos, especialmente na região amazônica. A inovação no processo de lavagem garante que os consumidores tenham acesso a produtos de qualidade e com rastreabilidade. Recentemente, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) certificou a primeira Unidade de Beneficiamento de Pescado e Produtos de Pescado do Amazonas, que utiliza um processo inédito de lavagem em estrutura móvel. Esse método utiliza água clorada e acontece durante a transferência do produto entre caminhões, aumentando a eficiência e garantindo a higiene do pescado.
O empresário Luiz Elder Bonfá, um dos proprietários da Bonfá e Maia Comércio Varejista de Peixe Ltda., relata que essa tecnologia surgiu a partir da demanda do consumidor local por peixe fresco. “Aqui no Amazonas temos a tradição de consumir peixe fresco. O cliente quer escolher o peixe e ter a certeza de que ele está fresco e devidamente higienizado”, comenta. A unidade tem capacidade para processar até 20 toneladas de pescado fresco por dia, promovendo, principalmente, o tambaqui e a matrinxã para os mercados varejistas e atacadistas.
O processo inovador da lavagem do peixe fresco é uma forma diferenciada de garantir a qualidade do produto. O pescado que chega do produtor direto ao estabelecimento é imediatamente colocado no túnel móvel de lavagem. Após a lavagem, o produto é transferido para outro veículo, onde é mantido em gelo de alta qualidade, o que reduz o tempo de transporte e minimiza os riscos de contaminação cruzada. Essa abordagem otimiza o processo e permite que os consumidores tenham acesso a um peixe fresco de forma segura e rápida.
Localizado no bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus, o Entreposto Eldorado conta com uma equipe dedicada de seis funcionários, que contribuem para a eficiência do trabalho e para a manutenção de altos padrões de qualidade. A utilização de um túnel de lavagem móvel para o peixe fresco representa um avanço significativo nas práticas de manipulação e distribuição de alimentos na região.
Um dos principais benefícios desse sistema é a redução do tempo de conclusão do processo de lavagem em relação aos métodos tradicionais. De acordo com o fiscal agropecuário médico veterinário da Adaf, Leonardo Assis, essa inovação pode reduzir o tempo de processamento em até 50%. “Menos manipulação do produto resulta em uma melhor qualidade e segurança alimentar”, afirma Assis.
O registro necessário para a operação do Entreposto Eldorado foi obtido através de um processo rigoroso que inclui três etapas: uma vistoria prévia do espaço, análise dos projetos de instalação e rotulagem. A Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Gipoa) é a responsável por esse controle, garantindo que as normas sanitárias sejam seguidas e que o peixe fresco chegue aos consumidores em condições adequadas.
A conscientização dos consumidores sobre a importância da qualidade e da rastreabilidade do peixe fresco é fundamental. Com o acesso a informações sobre o processo de lavagem e controle de qualidade, os clientes podem fazer escolhas mais informadas e seguras. A aplicação de novas tecnologias, como a lavagem móvel, se mostra essencial para atender às necessidades do mercado e às expectativas do consumidor, destacando a relevância de práticas sustentáveis e seguras na cadeia produtiva.
Com a crescente demanda por peixe fresco e a necessidade de rastreabilidade, iniciativas como essas se tornam vitais para a segurança alimentar e a satisfação do cliente. Portanto, as inovações na lavagem e processamento do pescado contribuem significativamente para o fortalecimento da relação entre produtores e consumidores.
Assuntos nesse artigo: #peixe, #peixe_fresco, #lavagem, #rastrabilidade, #qualidade, #pescado, #tambaqui, #matrinxã, #segurança_alimentar, #inovação, #mercado, #amanha, #amazonas, #consumidor, #sustentabilidade, #transparência, #higiene, #food_safety, #produtos, #certificação
