A Operação Sentinelas da Amazônia 2025, coordenada pela Polícia Federal (PF), completou seus primeiros 60 dias com resultados considerados expressivos no combate a crimes ambientais em Rondônia. O balanço aponta uma redução superior a 90% no número de focos de incêndio no estado, em comparação com o mesmo biênio do ano anterior, além da realização de dez prisões em flagrante.
A operação, que conta com a cooperação de outros órgãos de fiscalização ambiental, tem foco no que a PF classifica como “repressão qualificada” a delitos como desmatamento ilegal, grilagem de terras públicas, exploração predatória de madeira e incêndios criminosos, estes últimos especialmente críticos no período de estiagem.
A estratégia é baseada em um conjunto de táticas que inclui inteligência policial, monitoramento por sensoriamento remoto, patrulhamento terrestre e ações integradas em campo. De acordo com a PF, as dez prisões realizadas foram por crimes de queimada ilegal e extração irregular de madeira em diversas regiões do estado.
Queda Histórica nos Focos de Calor
Os números do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) corroboram o impacto da operação. A comparação com o mesmo período de 2024 mostra uma queda drástica, acima de 90%, na quantidade de focos ativos de incêndio detectados por satélite.
Em seu comunicado, a PF atribui o resultado a dois fatores principais: condições climáticas mais favoráveis, que reduzem a propensão ao fogo, e, de forma decisiva, o “fortalecimento das ações de fiscalização e repressão ambiental” promovido pela operação. A presença ostensiva das forças de segurança é apontada como um inibidor crucial da prática de crimes.
A Polícia Federal reafirmou, por meio de sua assessoria, o “compromisso com a proteção do meio ambiente” e com o combate a crimes que afetam o bioma amazônico. A corporação destacou que a atuação “integrada” tem como objetivo final “garantir a preservação da biodiversidade e a defesa dos recursos naturais da sociedade brasileira”.
A Operação Sentinelas da Amazônia 2025 segue em andamento, sem previsão de conclusão, indicando que as ações de repressão devem continuar com intensidade no estado.
