“ACEITA ANITTA” é o assunto mais comentado no X (antigo Twitter) desta segunda-feira (13), em função das fotos compartilhadas pela cantora nas redes sociais sobre seu mais novo clipe, gravado em um terreiro de Candomblé, religião da qual é adepta. Os registros acarretaram na perda de mais de 200 mil seguidores em três horas no Instagram. “Aceita” também é o título de uma das canções do álbum “Funk Generation”, lançado pela artista em 26 de abril. Os fãs não demoraram a se manifestar no X, em defesa do credo de Anitta e, também, do direito à liberdade e ao respeito de religiões de matrizes africanas.
Ao frisar o respeito e a devoção religiosa ao candomblé, a “Girl from Rio” mostrou não se abalar com a perda. Nos stories, a funkeira publicou uma postagem com os seguintes dizeres: “Perdi 100k de seguidores depois de anunciar o clipe em que vou mostrar minha religião. Laroyê Exu tirando dos meus caminhos tudo que já não me serve mais”. Ela completa a publicação ressaltando ter escolhido, nessa nova fase, “qualidade e não quantidade”.
De acordo com as redes da cantora, o videoclipe deve ser lançado na quarta-feira (15). Anitta ainda compartilhou as primeiras imagens do trabalho no Instagram, junto com uma homenagem ao orixá Logun Edé, que é tema do enredo da Unidos da Tijuca para o carnaval 2025.
“Iorubá. Orixá. Eu sou Longun Edé, o grande príncipe herdeiro da raça dos meus pais! Tenho a sensibilidade e a inteligência da minha mãe e a bravura e astúcia do meu pai. Como caçador e pescador, sou minha própria natureza. Eu sou o único capaz de reunir todos os mundos. Eu sou o equilíbrio entre homens e mulheres.
Sou adorado nos lugares sagrados do Brasil. Com Severiano levantei a casa de Kalé Bokum na Bahia. Com Zezito minhas forças chegaram ao Rio de Janeiro, onde cheguei com a Corte Real de Ijexá. Estou presente em todos aqueles que me reconhecem como o ‘filho santo que os velhos respeitam’, como dizia Madre Menininha do Gantois.
Eu sou a força da juventude no tempo. Estou no presente, olhando para o futuro. Estou no passado, onde reivindico tradições. Estou no futuro onde meu legado é imortal! Eu nunca morro.
Também estou no desafio dos limites. Neste mundo de afrontas, sou o combate à humilhação dos indivíduos subalternizados, empobrecidos e constrangidos simplesmente por existirem. Audácia é meu nome contra aqueles que negam uma vida plena e digna aos jovens negros.”