A Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou, sexta-feira (28/11), à Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, em Brasília, que nenhum dos 22 itens listados pelo deputado federal Amon Mandel, e de competência estadual, está em falta na Central de Medicamentos do Amazonas (Cema). Em documento oficial, a secretaria esclarece também que outros nove itens apontados pelo deputado são de responsabilidade de outros entes federativos.
Organização da assistência farmacêutica
A SES-AM explicou que a assistência farmacêutica no Brasil é regida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e opera em modelo tripartite, com responsabilidades compartilhadas entre União, Estados e Municípios. A distribuição de medicamentos é organizada por Componentes de Assistência Farmacêutica, cada um definindo qual ente federativo é primariamente responsável pela aquisição, logística e dispensação.
Em nota, a secretaria afirma: “Esclarecemos que, de acordo com os dados supracitados, o estoque de medicamentos da Central de Medicamentos do Amazonas encontra-se normalizado. Essa normalização é crucial para garantir a continuidade da assistência farmacêutica à população amazonense, especialmente no que tange aos fármacos de responsabilidade estadual e federal (alto custo e estratégico)”, diz a SES-AM na resposta.
Dados de dispensação e atendimento
A Cema registrou aumento nas dispensações de medicamentos de alto custo entre 2019 e 2025. Segundo a secretaria, houve crescimento de 128% no número de dispensações desse perfil de fármacos. Em janeiro de 2019 foram registrados 7.707 atendimentos pelo programa Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf); em novembro de 2025 o número chegou a 17.403 atendimentos.
A SES-AM destaca que os números refletem-se tanto nos hospitais quanto nos pacientes que recebem medicamentos de alto custo para tratamento em casa.
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