curso de mergulho autônomo é uma iniciativa do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) que busca capacitar profissionais para as exigências das operações aquáticas. Recentemente, no dia 12 de novembro, o CBMAM deu início à quarta turma do curso com uma carga horária total de 320 horas. Este curso é fundamental para aumentar a capacidade de atendimento da corporação em situações de emergências subaquáticas.
No total, 33 profissionais, incluindo dois policiais militares e 31 bombeiros, estão realizando essa capacitação que se estende por 40 dias. O objetivo é preparar esses homens e mulheres para mergulhos em águas escuras e desafiadoras, algo crucial para a segurança na região Norte do Brasil. O comandante-geral do CBMAM, Orleilso Muniz, destacou a importância de formar mergulhadores qualificados, ressaltando que este novo grupo irá contribuir significativamente na expansão das operações do Corpo de Bombeiros, que já possui bases em 22 municípios.
O curso de mergulho autônomo trata de várias disciplinas importantes, incluindo ações emergenciais de atendimento submerso, técnicas para mergulho em apneia, resistência a intoxicações por gases, técnicas de salvamento aquático e a criação de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) específicos para mergulhos no Brasil. A grade curricular é rigorosa e atende tanto à legislação brasileira quanto à legislação internacional aplicada a mergulhos.
As aulas do curso são realizadas em locais estratégicos como Manaus e Presidente Figueiredo, em parceria com instituições militares, incluindo o Centro de Instrução de Guerra na Selva e a Forças Especiais do Exército Brasileiro. O formato prático e teórico do curso garante que os formandos desenvolvam habilidades fundamentais para atuarem sob pressão e em operações complexas.
Daniel Araújo, subcoordenador do curso, explicou que a capacitação considera as características específicas da região. Ele observou que os conhecimentos que foram adquiridos ao longo dos anos serão transmitidos aos novos alunos, para que eles consigam dar continuidade às atividades aquáticas no estado. Isso é especialmente relevante, já que a região Norte tem suas particularidades e desafios relacionados ao mergulho.
Durante o curso, os alunos são avaliados semanalmente, com a necessidade de obterem notas mínimas para continuarem na formação. Aqueles que não alcançarem os requisitos estabelecidos podem ser desligados do curso, o que garante a qualidade do treinamento oferecido. Com esta abordagem estruturada, a corporação mantém um elevado padrão de competência entre os profissionais que atuam nessa área crítica.
A cadete Jéssica Santos compartilhou sua motivação ao se referir à Soldado Aryell Linz, a primeira mulher bombeira a se formar como mergulhadora no Amazonas, como sua inspiração. Jéssica enfatizou como as conquistas de Aryell mostram que qualquer um pode alcançar seus objetivos, independentemente dos desafios.
Dessa forma, o curso de mergulho autônomo não só prepara os profissionais para operações subaquáticas, mas também simboliza um investimento significativo do Governo do Estado em um serviço que beneficia diretamente a sociedade amazonense. Com essa nova formação, o Corpo de Bombeiros se posiciona de maneira ainda mais eficaz para atender as demandas de emergências e salvar vidas em situações de risco.
O curso de mergulho autônomo é mais um passo para aprimorar o atendimento à população e melhorar a segurança no estado do Amazonas, oferecendo aos profissionais as ferramentas necessárias para lidar com desafios complexos em ambientes aquáticos.
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