Consciência negra é um tema de extrema importância em nossa sociedade. Em uma celebração significativa, alunos da Escola Estadual (EE) Professor Jorge Karam, localizada no bairro Tancredo Neves, na zona leste de Manaus, uniram-se para recontar a rica história do Brasil por meio da arte, especialmente na Música Popular Brasileira (MPB). O evento, realizado no dia 11 de novembro, marcou a culminância do projeto “MPB: Música Preta Brasileira”, que visou destacar a contribuição vital dos artistas negros para a cultura do nosso país.
Durante o mês que precedeu o Dia da Consciência Negra, que acontece em 20 de novembro, os educadores da escola dedicaram tempo e esforço para promover discussões sobre a história e a riqueza cultural da população negra. Essa iniciativa foi essencial para sensibilizar os alunos sobre a importância da raça e da herança cultural africana no Brasil, fazendo com que entendam a relevância dessa consciência em suas vidas diárias.
As atividades incluíram oficinas, palestras e apresentações artísticas, permitindo que alunos explorassem a identidade e a cultura afro-brasileira. Como parte das experiências práticas, os alunos produziram pinturas que retratavam a história de ícones da música negra, como Gilberto Gil, Jorge Aragão, Seu Jorge, Alcione, Marcelo Falcão e Arlindo Cruz. Estas obras foram exibidas em uma galeria durante o evento, resultando em um momento de profunda reflexão e apreciação da arte.
Os alunos não apenas se envolveram em expressões artísticas como pintura, mas também apresentaram danças e músicas que dialogavam com suas vivências cotidianas. O professor Osvaldo Martins, idealizador do projeto e responsável pela disciplina de Filosofia, enfatizou que as letras das músicas abordadas refletiam a identidade cultural dos alunos, enriquecendo assim suas experiências educacionais. “Entender o papel da música na nossa sociedade também é um passo para resgatar nossas raízes e valorizar a cultura negra,” explicou Osvaldo.
A presença do cantor e compositor amazonense Chico da Silva na culminância foi um grande destaque. Ele foi homenageado pelos alunos e professores em reconhecimento à sua longa e significativa contribuição à música e à cultura do Amazonas. “A Consciência Negra traz consigo a consciência de liberdade e de direitos iguais para todos,” destacou Chico. Suas palavras ressoaram entre os jovens, reforçando a importância do respeito e da luta contra a discriminação.
Durante as festividades, os estudantes apresentaram músicas que foram objeto de pesquisa, permitindo que o público apreciasse letras que contam a história da cultura afro-brasileira. Além da música, a escola implementou projetos que ressaltam a importância da literatura escrita por autoras afrodescendentes, ampliando o accesso dos alunos à diversidade literária e suas implicações sociais.
A professora Gleici Osorio, que lidera o projeto de literatura, mencionou que seu objetivo é ajudar os alunos a entenderem as questões relacionadas ao racismo, à desigualdade social e ao acesso aos direitos básicos por meio da leitura e da discussão. Este tipo de consciência é crucial para formar cidadãos críticos e ativos na promoção da igualdade.
A estudante Alyne Nayara, da 2ª série do Ensino Médio, compartilhou sua opinião sobre a iniciativa: “Esses projetos são fundamentais para construirmos uma educação mais justa e igualitária. Trabalhar esses temas na escola contribui para uma maior consciência cultural e ética, e isso é vital nos dias atuais.”
Assim, o evento não apenas comemorou a consciência negra, mas também teve um efeito transformador na comunidade escolar, promovendo a identidade, o respeito e a solidariedade entre todos. É vital que essas discussões continuem a ser abordadas nas escolas, solidificando o conhecimento e a valorização da cultura afro-brasileira entre as novas gerações.
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