agenda climática Amazônia é um tema crucial na atualidade. Em Belém (PA), o governador Wilson Lima destacou a importância de conectar a agenda climática global à realidade dos desafios enfrentados pela Amazônia. Durante a abertura oficial do Hub Amazônia na COP30, realizada no dia 10 de novembro, Lima enfatizou que a proteção da floresta depende de investimentos diretos nas comunidades locais. Isso é vital para garantir que os esforços em conservação ecológica tenham resultados efetivos.
O governador enfatizou que o Amazonas chega à COP com entregas concretas e um conjunto de políticas públicas integradas. Estas são voltadas não apenas à conservação da floresta, mas também à geração de oportunidades sustentáveis para as comunidades que dela dependem. “O que a gente espera dessa COP é que se possam trazer resultados pragmáticos, objetivos, e que todo o aporte de recursos chegue ao pessoal que está lá na comunidade, que é quem verdadeiramente protege a floresta”, afirmou Wilson Lima, ressaltando que a agenda climática deve focar nas realidades locais.
A participação do Amazonas na COP30 foi marcada por um conjunto de seis entregas estruturantes, consolidando o estado como referência em desenvolvimento sustentável e transição energética. Um dos destaques foi a assinatura do primeiro contrato de REDD+ em Unidade de Conservação no Parque Estadual Sucunduri, com um potencial de movimentar R$ 590 milhões em 30 anos. Essa ação é um excelente exemplo de como a agenda climática Amazônia pode trazer benefícios diretos e tangíveis para a região.
Outro projeto significativo é o Plano Estadual de Bioeconomia, resultado de um processo participativo que envolveu as contribuições de 62 municípios do estado. Este plano visa estabelecer o Amazonas como um polo de economia de baixo carbono e valorização da sociobiodiversidade. Wilson Lima também apresentou a Política Estadual de Transição Energética (Peten), que pretende reduzir em 50% o consumo de diesel nos sistemas isolados até 2030, buscando eliminar a pobreza energética.
Entre os projetos inovadores, podemos citar o Amazonas ECOLar, um programa de habitação sustentável baseado na produção de moradias realizadas com resíduos plásticos reciclados. Com um investimento de R$ 11 milhões, este projeto não só contribui para a redução de resíduos, mas também promove a inclusão social e a sustentabilidade.
A agenda climática Amazônia também inclui a apresentação do Inventário de Emissões Atmosféricas, um estudo inédito que visa orientar políticas de mitigação e controle da poluição do ar. Este inventário é um componente essencial para entender e abordar as mudanças climáticas na região. Além disso, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) consolida mais de R$ 900 milhões em investimentos em pesquisa, com foco em mais de 20 mil projetos que lidam com mudanças climáticas.
A presença de outros governadores da Amazônia Legal na abertura da COP30 demonstra a união dos estados em torno da agenda climática. Os governadores, incluindo Mauro Mendes do Mato Grosso e Laurez Moreira do Tocantins, se juntaram a Wilson Lima na defesa de políticas que buscam integrar desenvolvimento econômico e proteção ambiental. O governador Coordenador do CAL, Helder Barbalho, destacou a importância do consórcio para a troca de experiências e soluções inovadoras.
Em resumo, a participação do governador Wilson Lima na COP30 reflete um compromisso real com a agenda climática Amazônia. É fundamental que as discussões globais sobre mudanças climáticas se traduzam em ações práticas que respeitem as particularidades locais e promovam o desenvolvimento sustentável. A colaboração entre governos, comunidades e organizações é essencial para garantir a proteção da floresta Amazônica e das pessoas que dela dependem.
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