Filme brasileiro Agente Secreto tem estreia mundial aplaudida durante 13 minutos em Cannes

O audiovisual brasileiro viveu um momento de destaque neste domingo (18/5) durante a estreia mundial do longa-metragem O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, no 78º Festival de Cannes. Com protagonismo de Wagner Moura, o filme é um dos concorrentes à Palma de Ouro, principal prêmio do festival francês. A produção, que é uma coprodução com Alemanha, Holanda e França, contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), evidenciando o compromisso do Brasil com o fomento ao setor cultural.

A exibição, ovacionada durante 13 minutos ininterruptos, foi antecedida por uma vibrante celebração brasileira. O elenco e a equipe técnica chegaram ao tapete vermelho ao som do frevo pernambucano, embalando as ruas de Cannes com uma orquestra que levou a energia do Brasil ao coração do festival. Entre os presentes estavam os atores Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Juliana Paes, Barbara Paz, Isabel Zuaa e o estreante Caio Venâncio, além da produtora Emilie Lesclaux e o próprio Kleber Mendonça Filho. A comitiva foi acompanhada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, e pela secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga.

A ministra destacou o impacto estratégico da presença brasileira em Cannes. “O Marché du Film traz o Brasil como o país de honra. Isso pra nós é uma janela de oportunidade maravilhosa, chama a atenção para a produção brasileira. É um momento muito forte e aguardado. Com certeza muda a perspectiva e a expectativa da produção nacional em relação ao mundo. Estamos apostando muito, trabalhando arduamente para ir mais longe. Temos novos rumos agora para o audiovisual brasileiro no mercado internacional. O coração bate forte, feliz, e aplaudindo de pé a cinematografia nacional”.

Em entrevista, Kleber Mendonça Filho ressaltou a importância do apoio público à cultura. “Fazer a cultura se expressar artisticamente faz parte do que uma nação significa. E o Brasil, talvez a maior parte dos países, tem uma vocação para cultura. Mas o Brasil, a vocação do Brasil, é muito, muito especial. Ela é reconhecida no mundo inteiro através da música, da literatura, do cinema, do teatro, das artes plásticas. Fico muito feliz de O Agente Secreto ser um filme brasileiro, mas realizado com dinheiro público, não só do Brasil, mas também da França, Alemanha e da Holanda. Eu fico muito orgulhoso de fazer parte de um país e ser artista num país que apoia a produção cultural”.

Caio Venâncio, que interpreta o personagem Vilmar, o Matador, também celebrou sua participação na produção. “Estou muito feliz de estar aqui. É a minha primeira vez em Cannes. E é muito importante o apoio do Ministério na nossa cultura, na nossa arte. Eu vim de Natal, no Rio Grande do Norte, direto aqui pra França. E agora eu faço parte do universo também”, afirma.

Com quem (co)produzir no Brasil?

Ainda neste domingo (18), acorreu a conferência Com quem (co)produzir no Brasil?, reunindo produtoras e instituições de diferentes regiões do país para apresentar ao mercado internacional os múltiplos perfis do audiovisual brasileiro.

Ao ser questionado sobre como o Brasil pode ser conhecido através do cinema, o produtor Marco Altberg destacou o país como “vários Brasis em um só. É um país gigantesco, com vários biomas, culturas e histórias possíveis. E o cinema brasileiro pode oferecer essa diversidade de conteúdos que o mundo está buscando”.

Participaram da conversa Marco Altberg (Indiana Produções/BRAVI), Keyti Souza (Têm Dendê Produções/APAN), Juliana Soares (Destemida Filmes/API), Eva Pereira (Cunhã Porã Filmes/CONNE) e Luiz Alberto Rodrigues (Fundacine/FAMES), com moderação de Morris Kachani (SIAESP/Cinema do Brasil).

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Foto: João Meireles

Painel reforça urgência da diversidade no audiovisual

Também neste domingo, o painel Vozes da Maioria no Cinema: Os 54% Negros do Brasil Não Podem Esperar reuniu artistas, produtores e representantes de organizações que atuam pelo fortalecimento da presença negra no audiovisual brasileiro.

Participaram Robson Dias (Búzios Films), Bethânia Maia (Vaporosa Cultural), Pedro Santiago (compositor) e a atriz e produtora Camila Pitanga, embaixadora da ONU Mulheres. A mediação foi de Markus Thersio, do Instituto Nicho 54 — parceiro da atividade ao lado do Instituto Guimarães Rosa, ONU Mulheres e Projeto Paradiso.

“Eu quero o Brasil do Luiz Gama, da Carolina Maria de Jesus. Mais Antônios, Pitangas, Benedita da Silva. Nós existimos. É esse o cinema brasileiro que eu quero ver”, afirmou Camila Pitanga.

O painel destacou a importância de políticas públicas e investimentos que promovam a equidade racial na cadeia produtiva audiovisual e incentivem produções que reflitam a diversidade da população brasileira.

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